Sistema convencional de alarme de incêndio

Tudo que você precisa para instalar um sistema de Alarme de Incêndio

  • Central convencional, com número de laços suficientes para atender a instalação, de acordo com as exigências da norma; um laço por ambiente isolado e com até 20 detectores, por laço.
  • Baterias seladas do tipo estacionário, com capacidade mínima para suprir o funcionamento normal por 2 horas e mais 15 min em alarme.
  • Detectores de fumaça, em ambientes que não seja comum a existência de fumo e que, em caso de incêndio, venha ocorre sua presença. Uma unidade para cada fração de área de 9 m x 9 m.
  • Detectores de termovelocimétricos, em ambientes que a presença de fumaça possa ocorrer independentemente de haver incêndio ou onde a queima possa ocorrer sem a formação de fumaça. Uma unidade para cada fração de 6 m x 6 m.
  • Acionadores manuais, em locais que seja normal a permanência de pessoas e próximo às vias de acesso, de acordo com o projeto.
  • Anunciadores Áudio-visuais, para alarmar a ocorrência do incêndio.
  • Cabeamento devidamente acondicionado.

Laço Classe B (2 fios)

Formado por um par de fios, que leva alimentação da central até os dispositivos de detecção de um dado ambiente e, pelo mesmo par de fios, retorna com a informação de defeito ou alarme.

Esse par de fios deve iniciar na centra, percorrer todos os detectores, que compões o laço, de modo ininterrupto e sem derivações, acabando no último dispositivo com um resistor de fim de laço (RFL = 2k2), ligado de um para o outro de seus condutores. Desse modo todos os detectores e o RFL, de um laço, ficam ligados em paralelo entre si e com a central.

A informação de defeito se dá pela ausência de uma corrente elétrica mínima circulando pelo laço, corrente essa não inferior ao determinado pelo resistor de fim de laço (RFL = 2k2).

A informação de alarme se dá pelo aumento significativo da corrente elétrica circulando pelo laço, de modo a ultrapassar a corrente elétrica limitada apenas por uma resistência inferior a 1.000 R (1k). 680 R, no caso de nossos detectores.


Importante:

Os dutos utilizados para abrigar os cabeamentos de alarme de incêndio devem ser pintados na cor vermelha bombeiro.

Embora o sistema funcione perfeitamente com cabos mais finos, como os utilizados para sensores de alarme patrimonial ou para rede de computadores, a norma prevê a obrigatoriedade de se usar fiação de 1,5 mm2, com emborrachamento, tipo PP,  e que os laços não sejam mais longos que 1.500 m.

Cabos não abrigados em dutos metálicos devem ser na cor vermelha e possuírem blindagem eletromagnética.  Esse cabeamento não deve trafegar juntamente com a instalação elétrica, mantendo distanciamento mínimo de 15 cm daquela e, quando for necessário transpor-la, fazê-lo de modo perpendicular.

Detector de fumaça

Para detectar princípios de incêndios em ambientes em que não seja comum a existência de fumaça e que, em caso de incêndio, ocorra sua presença.

A alimentação, entre bornes 2 e 4, se da por alimentação DC, com voltagem de 9 até 30 V. Alimentação acima de 30 V, pode danificar a integridade do detecto e a perda da garantia.

  • Borne 2 – Alimentação positiva de laço
  • Borne 4 – Alimentação negativa de laço
  • Borne 1 e 3 – Contato Seco de Alarme
  • Botão de teste / reset de alarme
  • LED indicador de funcionamento / alarme

Limpeza periódica:
Para instalações em locais muito empoeirados, programar revisão periódica, para desmontagem, limpeza e remontagem das unidade.

A periodicidade dependerá da quantidade de poera suspensa no ambiente, podendo variar de 6 meses a 5 anos.

Para realizar a limpeza: desencaixar a unidade da base e, em ambiente limpo, deslocar o fechamento com auxílio de uma chave de fendas sendo introduzida nas 3 pequenas fendas do detector, realizando movimento de alavanca; retirar a tampa preta da câmera e, com o auxílio de um pincel macio, escovar todo interior da câmera, até ficar livre de qualquer sujeira. Realizar a remontagem, em sentido inverso.

Saída para sirene auxiliar

Na parte de baixo da placa da central, temos 5 bornes onde 2 são para ligação de sirene e 3 são para ligação de carga auxiliar de alarme.

A saída para sirene é protegida em 700 mA, que atende a grande maioria das sirenes de mercado. Para as exceções e para os casos de necessitar ligar várias sirenes, que produzam carga superior à máxima, utilizar a saída auxiliar ou ligar à saída de sirene um relé/contator que suporte a carga desejada.
A saída auxiliar é dimensionada para acionar cargas de, até, 10 A, podendo chegar à tensão de 220 V. Trata-se de um contato seco de relé, com saída Normalmente Aberta (NA) e Normalmente Fechada (NF). Pelo borne marcado com CN entrar com a tensão de carga; pelo borne NF alimentar as cargas que devem permanecer constantemente energizada e que devam ser desligadas quando em alarme (Ex: travas que mantém abertas as portas corta fogo); pelo borne NA alimentar as cargas que devam ser acionadas quando em alarme (ex: bombas de hidrante. Verificar a necessidade de uso de contator ou chave de partida).

Ligando a central

Para minimizar-se problemas de execução, aconselha-se que todos os laços sejam montados e, antes de serem ligados à central, sejam testados em separados.

Testando cada laço:

Utilizando um aparelho de teste de resistência elétrica (ohmímetro), verificar, junto aos terminas do laço que chegam à central, se a resistência lida entre eles corresponde à resistência de fim de laço (2k2). Caso contrário verificar em que ponto o laço encontra-se interrompido ou em curto-circuito ou, ainda, com carga auxiliar. Nossos detectores, nessas condições, representam carga nula (resistência infinita), não afetando essa medição.

Após verificado que o laço possui a impedância correta (RFL), energize-o diretamente pela bateria, passando por um fusível auxiliar, e percorra-o, verificando o bom funcionamento dos detectores a ele contidos.

Ligue adequadamente um transformado adequado à placa carregadora, onde “Baixa” corresponde a 12/24 V, vindos do transformador, e “Alta” a entrada do transformador pelo lado primário, que deva ser ligado à rede elétrica, 127/220 V. Nos bornes marcados com “Rede” energize diretamente do quadro principal, por meio de disjuntor ou fusível próprio, para que seja mantida constantemente energizada.

Havendo optado por instalação a 24 V, remover o “jumper” da placa carregadora, caso contrário, mantê-lo inserido (12 v).

A tensão real fornecida pelo carregador, em uma instalação a 12 V, fica entre 13,5 e 13,8 V, enquanto a 24 V, a tensão fornecida corresponde a 2 vezes esse valor, 27 a 27,6 V.

Verifique se foi tudo adequadamente ligado e energize a central. Messa a tensão nos conectores que serão ligados à bateria e estando em nível adequado conecte a ela.

Ative a central e pressione o botão de teste. Todos os leds deverão ser ativados juntamente com o “buzzer”, de modo cadenciado. A saída para a sirene será ativada 2 vezes, mas não o relé auxiliar.

Retire os “jumpers” correspondentes aos laços que serão utilizados: a central deverá sinalizar defeito nos leds correspondentes a cada laço habilitado, sendo respondido pelo led “Defeito” e pelo “buzzer”.

Usando um resistor de 680 R (alguns acompanham a central, marcados para uso com “Botão”), provoque uma carga em cada um dos laços, por, pelo menos, 5 s. Os laços deverão passar a indicar alarmes, bem como acender o led marcado com “Fogo”. Ajuste o tempo de retardo no “trimpot”, na placa dos laços correspondentes. Este retardo é para que haja tempo de tomada de alguma providência, antes que seja ativada a sirene e a saída auxiliar, em caso de ocorrer um evento.

Se tudo funcionando corretamente, desenergize a central, lembrando de desconectar a bateria, ligue os cabos dos laços aos seus devidos bornes, a sirene e eventual carga auxiliar e volte a energizar a central.
Repita o teste. Se a sirene não estiver “silenciada”, no início do teste, soará 2 vezes, mas sem atracar o rele auxiliar, mantendo-se em NF.

Parabéns, teu trabalho está concluído!

Importante:

Sempre que for interferir na instalação com a central, desenergize-a por completo, lembrando de desacoplar a bateria.

Embora a central suporte mais de 20 detetores por laço, a norma limita cada laço a esse número.

O tempo de retardo máximo, para alarme, previsto na norma, é de 2 min.